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Israel. Manifestações da última noite marcadas por confrontos
Os protestos de segunda-feira à noite contra e a favor da reforma judicial em Israel ficaram marcados por confrontos entre manifestantes e a polícia em Telavive, registando-se agressões de ultranacionalistas contra cidadãos de origem árabe em Jerusalém.
© Getty
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09:57 - 28/03/23 por Lusa
Mundo Israel
Na segunda-feira, o primeiro-ministro viu-se forçado a suspender a reforma judicial por causa dos fortes protestos dos manifestantes da oposição que acusam o Governo de querer neutralizar a independência judicial em Israel.
Grupos de elementos ultranacionalistas israelitas, ligados ao clube de futebol Beitar Jerusalém, queimaram contentores de lixo e bloquearem uma estrada perto da zona onde decorreu uma manifestação a favor da reforma judicial defendida pelo Governo de Benjamin Netanyahu.
De acordo com a imprensa israelita, manifestantes de direita atacaram cidadãos palestinianos quando se dispersavam, em Jerusalém, tendo três agressores sido detidos pela polícia.
Segundo um comunicado da polícia, 30 manifestantes contra a reforma judicial foram detidos em Telavive, durante os fortes protestos que provocaram vários cortes de estradas.
Os jornais de Israel referem que os manifestantes da oposição mantiveram os protestos em vários pontos do país apesar da suspensão da reforma, destacando-se a tentativa do corte à circulação na autoestrada Ayalon, em Telavive.
A participação nos protestos aumentou nos últimos dias, culminando com uma manifestação com mais de 100 mil pessoas frente ao Parlamento, em Jerusalém, para pressionar Netanyahu a abandonar a polémica reforma judicial.
Na segunda-feira, e após uma série de reuniões entre os membros da coligação governamental, o primeiro-ministro anunciou que suspende a reforma, temporariamente, comprometendo-se a negociar o assunto com a oposição parlamentar.
O nível dos protestos, sem precedentes nas últimas décadas em Israel, acentuou a polarização social, tendo provocando uma nova crise política no país.
Leia Também: ONU "observa de perto" crise política em Israel
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