Os Estados Unidos não têm indicações de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, esteja a planear utilizar armas nucleares táticas na guerra contra a Ucrânia. Segundo o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, não foi registado qualquer movimento que indique Putin “faça o que prometeu que faria”.
“Estamos a acompanhar da melhor forma que podemos. Não vimos nenhum movimento de Putin que indique que faça o que prometeu que faria”, disse John Kirby, sobre o possível uso de armas nucleares táticas na Ucrânia.
“Não vimos nenhuma indicação de que o Sr. Putin se esteja a inclinar ou a aproximar de qualquer preparação para o uso de armas nucleares táticas na Ucrânia”, acrescentou.
As declarações da Casa Branca surgem após Putin ter anunciado, no sábado, que a Rússia vai colocar armas nucleares táticas no território da Bielorrússia, país aliado e que tem servido de porta de entrada para a invasão da Ucrânia.
“Não há nada incomum nisso: os Estados Unidos fazem isso há décadas. Eles têm uma longa história de colocação das suas armas nucleares táticas no território dos seus aliados”, justificou o presidente russo.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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