O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apontou, esta quarta-feira, que será necessária "mais união" para "vencer a tirania" levada a cabo pela Rússia na Ucrânia, considerando, contudo, que "o mundo democrático é capaz".
"Para vencer a tirania, é necessário mais união. Tenho certeza de que o mundo democrático é capaz. É capaz de vencer", disse, no seu habitual discurso noturno à nação.
O chefe de Estado deu, nessa linha, conta da sua intervenção na 2.ª edição da Cimeira para a Democracia, na qual participou a convite do homólogo norte-americano, Joe Biden, a quem agradeceu, tecendo elogios à maioria dos intervenientes por terem proferido "oportunas palavras de apoio" à Ucrânia.
"No geral, não temos grandes oportunidades representativas no mundo para falar especificamente sobre democracia, sobre a proteção da liberdade em todos os seus aspetos. E é bom que agora tenhamos essa oportunidade de unir forças para encontrar mais energia, mais perspetivas de democracia", assinalou, referindo que a posição da Ucrânia "é, como sempre, tão prática quanto o possível".
O líder ucraniano notou ainda que "temos a maior união de países democráticos desde há muito tempo", argumentando que "esta união é suficiente para lutar pela liberdade".
"A democracia precisa da vitória! O mais breve possível. E todos juntos: ucranianos, todos os europeus, nossos os aliados americanos, os nossos amigos em todos os continentes - na África, na Ásia, na América Latina, na Austrália - faremos de tudo para chegar à vitória. A vitória da Ucrânia. A vitória da liberdade. A vitória da ordem internacional baseada em regras", rematou.
De notar que, além dos Estados Unidos, os anfitriões desta segunda edição da cimeira são a Costa Rica, a Coreia do Sul, a Zâmbia e os Países Baixos. O encontro este ano, que decorre até quinta-feira, inclui eventos em formato virtual e presencial, estes últimos agendados para as capitais dos cinco países envolvidos na organização.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.401 civis desde o início da guerra e 14.023 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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