Mais de uma centena de incêndios florestais brotaram na região de Astúrias, em Espanha, na quinta-feira, a maioria dos quais por mãos humanas, num momento em que as temperaturas atingiram valores recordes. Pelas 20h00 desta sexta-feira (hora local), 96 focos ainda estavam ativos, de acordo com o serviço de emergências.
Muitos dos fogos continuam a ter pequenas dimensões, localizando-se em zonas altas onde não representam perigo. Outros, contudo, obrigaram à retirada de dezenas de pessoas. Segundo o El Mundo, um total de 174 pessoas foram retiradas, e 39 casas foram evacuadas nos municípios de Valdés, Villayón e Tineo.
“As Astúrias não se incendiaram. Incendiaram-na. E os responsáveis são aqueles que atearam fogo às nossas florestas. São criminosos, delinquentes, e vão ser julgados e tratados como tal”, escreveu o líder regional Adrian Barbon, na rede social Twitter.
O responsável anunciou, além disso, que solicitará que as Astúrias sejam consideradas “zona de catástrofe”, sublinhado que esta é a obra de “terroristas do fogo, que colocam em risco a vida de pessoas”.
Ante la gravedad de la situación, solicitaremos la declaración de Asturias como zona catastrófica.
— Adrián Barbón (@AdrianBarbon) March 31, 2023
Para ello recabaremos información a los concejos para hacer un informe de valoración y solicitarlo. Necesitamos estabilizar la situación de emergencia y la valoración de daños.
As autoridades proibiram ainda o acesso a trilhos florestais, bem como a realização de fogos controlados e a utilização de maquinaria e ferramentas motorizadas nas florestas, já que poderiam provocar mais incêndios, segundo a agência Reuters.
Depois de um inverno invulgarmente seco, Espanha registou o dia 29 de março mais quente de sempre, de acordo com a agência meteorológica AEMET, que apontou que as temperaturas excederam em 7 a 14 graus Celsius os níveis normais para esta altura do ano.
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