As autoridades russas confirmaram, esta segunda-feira, que detiveram a suspeita da explosão que matou o blogger pró-Kremlin Vladlen Tatarsky, cujo nome verdadeiro é Maxim Fomin.
"Por suspeita de envolvimento na explosão de um café em São Petersburgo, funcionários do Comité de Investigação da Rússia, juntamente com serviços operacionais, detiveram Daria Trepova", revela uma declaração de funcionários do Comité responsável pelo caso, que terá sido divulgada no Telegram, e que está a ser citada pela imprensa estatal russa.
Daria Trepova já havia sido identificada pela imprensa russa como suspeita da explosão, ocorrida num café em São Petersburgo, no domingo, e tinha sido colocada na lista de procurados do Ministério do Interior da Rússia.
A mulher, de 26 anos, foi anteriormente detida por participar nas manifestações contra a guerra na Ucrânia.
Os meios de comunicação russos disseram que a bomba estava escondida numa caixa que continha um busto de Tatarsky que a suspeita deu como prenda ao blogger pouco antes da explosão.
Esta segunda-feira, a agência RIA, que cita o Ministério da Saúde da Rússia, revelou que o número de feridos na sequência da explosão aumentou de 25 para 32. Dez dos feridos estão em estado grave.
O alerta para a explosão foi dado pelas 18h13 locais [16h13 em Lisboa], num café no 25 Universitetskaya Embankment, que pertenceu ao líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin - algo que o próprio confirmou.
O caso está a ser tratado como “um homicídio perigoso” pelo Comité de Investigação da Rússia.
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