Casa Branca "acompanha" violência nas manifestações pró-Trump
A Casa Branca está a acompanhar de perto a possibilidade de ocorrerem episódios de violência nas manifestações convocadas para apoiar o ex-presidente Donald Trump, que comparece esta terça-feira perante um juiz em Nova Iorque.
© Reuters
Mundo EUA
John Kirby, um dos porta-vozes da presidência norte-americana (Casa Branca), sublinhou esta segunda-feira que não foram detetadas "ameaças ativas", mas que, por precaução, o Governo liderado por Joe Biden está a monitorizar de perto a situação e a coordenar com as autoridades estatais e locais caso estas necessitem de ajuda.
"Estamos a acompanhar isso o mais próximo possível para estarmos preparados", garantiu, durante uma conferência de imprensa por telefone.
Kirby sublinhou que "a violência não tem lugar nos Estados Unidos", mas considerou que qualquer protesto pacífico oferece "muito valor" para a democracia do país.
A Casa Branca evitou fazer uma declaração específica sobre o assunto.
Um dia após a divulgação da acusação na quinta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, respondeu a várias perguntas sobre o assunto com a frase: "Não tenho comentários sobre Trump".
Nesta segunda-feira, Biden também foi questionado sobre os protestos pró-Tump enquanto visitava as instalações em Minnesota de uma fábrica da empresa Cummins, que fabrica sistemas de geração de combustível e eletricidade.
Um jornalista perguntou ao democrata se este estava preocupado com a possibilidade de violência, ao que Biden respondeu: "Não, confio no Departamento de Polícia de Nova Iorque".
A polícia nova-iorquina pediu a todos os seus agentes, numa nota interna, que estejam preparados para qualquer problema.
Também esta segunda-feira, cerca de 200 apoiantes de Trump reuniram-se no aeroporto de Palm Beach (Florida) para se despedir do ex-Presidente (2017-2021), que viajou para Nova Iorque para comparecer em tribunal esta terça-feira.
O magnata do imobiliário, nascido em Nova Iorque e onde prosperou em várias áreas de negócio, deve ser intimado na terça-feira a partir das 14h15 (hora local, mais cinco em Portugal continental) num processo-crime que ainda foi tornado público.
O republicano partiu esta segunda-feira da sua mansão em Mar-a-Lago, na Florida, para travar uma batalha jurídica em Nova Iorque, onde é acusado formalmente num caso que envolve o pagamento de suborno à atriz pornográfica Stormy Daniels para garantir o seu silêncio face a um caso extraconjugal.
Diante do juiz, Trump irá declarar-se "inocente" porque "não há crime", segundo a sua defesa.
Após comparecer perante o juiz e passar por um protocolo que incluirá a retirada de impressões digitais e fotografias, Donald Trump deverá então ser libertado enquanto se aguarda a organização do seu julgamento.
Esta que é a primeira acusação de um ex-presidente na história dos Estados Unidos da América (EUA) - quando Trump também é candidato à Casa Branca em 2024 - e acarretou grandes desafios de segurança, com as autoridades a prepararem-se para possíveis manifestações.
Ainda não são conhecidas as acusações que o ex-presidente Republicano enfrentará, mas alguns dos seus aliados mais fiéis saíram em sua defesa, como é o caso da congressista Marjorie Taylor Greene.
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