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Ucrânia? "Não há solução mágica mas surgirá perceção do custo da guerra"

O conselheiro especial para os assuntos internacionais da presidência brasileira, Celso Amorim, afirmou segunda-feira após o encontro com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscovo, que não existe "solução mágica" para a guerra com a Ucrânia.

Ucrânia? "Não há solução mágica mas surgirá perceção do custo da guerra"
Notícias ao Minuto

06:56 - 04/04/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Não há solução mágica, mas haverá um momento em que, de um lado ou de outro, surgirá uma perceção de que o custo da guerra - não só o custo político, mas humano e económico - será maior que o custo das concessões necessárias para a paz", disse Celso Amorim, à CNN.

O responsável brasileiro disse ainda que dizer que as portas estão abertas para uma negociação de paz "seria exagero, mas dizer que elas estão totalmente fechadas também não é verdade".

"Minha sensação é de que esse momento ainda não chegou, mas pode chegar mais rápido do que se pensa. E aí a existência de um grupo de países 'neutros' --- nisso é necessário colocar aspas --- pode ajudar", justificou, referindo-se à posição brasileira.

Amorim encontrou-se com Putin em Moscovo na quinta-feira numa reunião não agendada durante a sua visita ao Secretário do Conselho de Segurança russo Nikolai Patrushev e ao principal conselheiro do Kremlin para assuntos internacionais, Yuri Ushakov.

O antigo ministro das relações Exteriores do Brasil comentou que em Moscovo não sentiu que a população tivesse a "sensação de um país em guerra".

Recordou também que Lula da Silva falou ao telefone sobre a guerra com os presidentes da Ucrânia, Volodymir Zelenski, e de França, Emmanuel Macron, e em Brasília com o chanceler alemão, Olaf Scholz.

"Se quisermos agir, precisamos de falar com todos", frisou.

A sua reunião de uma hora com Putin também abordou questões bilaterais tais como os fluxos comerciais, o fornecimento de fertilizantes e a possibilidade de utilizar moedas locais para compensar exportações e importações, disse Amorim.

Leia Também: Ucrânia. 'Drones' russos atingem porto de Odessa e "há danos"

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