"Estou aberto ao diálogo e consulta com todas as forças ativas da nação, com respeito pelo Estado de direito e pelas instituições da República", disse Macky Sall, sublinhando que o objetivo deve ser "um Senegal unido, de paz, estabilidade e coesão nacional".
"Cada um de nós tem uma responsabilidade", disse durante um discurso à nação por ocasião do Dia da Independência, antes de sublinhar que todos os senegaleses "fazem parte da mesma família", de acordo com uma série de mensagens postadas pelo próprio Presidente na sua conta do Twitter.
Salientou também que o país africano enfrenta "perigos" e comprometeu-se a trabalhar para "garantir a segurança do território nacional". Sall reconheceu também que o Senegal "está a atravessar uma situação económica difícil" e defendeu o facto de as autoridades terem implementado medidas para "lutar contra o aumento do custo de vida".
O país tem sido palco de protestos nos últimos meses durante vários julgamentos contra Sonko, que foi condenado na semana passada a dois meses de prisão - uma sentença que foi suspensa - por difamação contra o ministro do Turismo, Mame Mbaye Niang, um processo que ele descreveu como politicamente motivado para tentar mantê-lo fora das eleições presidenciais de 2024.
Em resposta aos distúrbios em algumas destas manifestações, Sall apelou às forças de segurança para "tomarem todas as medidas apropriadas" para assegurar a "ordem pública". Rejeitou também as alegações de que poderia violar o limite de dois mandatos se se candidatasse à reeleição, sublinhando que, "em termos legais, o debate está encerrado há muito tempo". Contudo, especificou que ainda não tinha decidido se se candidatará de novo.
A oposição tem denunciado repetidamente os planos do Presidente de concorrer a um terceiro mandato. A Constituição senegalesa limita o número total de mandatos a dois, e uma tentativa de prolongar a sua permanência no poder poderia levar à instabilidade.
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