EUA acusam Rússia de deter injustamente repórter norte-americano
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou hoje que "não tem dúvidas" de que a Rússia deteve injustamente o repórter norte-americano do Wall Street Journal, preso na semana passada por espionagem.
© Erin Scott/Bloomberg via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
Blinken acrescentou que a determinação formal da detenção injusta de Evan Gershkovich ainda não foi feita, mas que o processo legal será concluído em breve.
"No caso do Evan, estamos a trabalhar na determinação da detenção injusta", disse Antony Blinken.
"Na minha opinião, não há dúvida de que ele está a ser injustamente detido pela Rússia", enfatizou.
Os comentários de Blinken na sede da NATO em Bruxelas ocorreram dias depois de ter exortado o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, à libertação imediata de Gershkovich.
Quando o governo norte-americano designa formalmente um cidadão como injustamente detido, o caso é transferido para o Gabinete do Enviado Especial para Assuntos de Reféns, que trabalha nas negociações para a libertação.
Gershkovich, 31 anos, foi detido a 29 de março na cidade de Yekaterinburg, capital dos Urais, por agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB).
Foi acusado de espionagem a favor dos Estados Unidos, o que fez dele o primeiro jornalista norte-americano a ser alvo de um processo por espionagem desde a Guerra Fria.
Gershkovich era correspondente do Wall Street Journal para a Rússia, a Ucrânia e as antigas repúblicas soviéticas desde janeiro de 2022.
Antes de Gershkovich, o último jornalista norte-americano a ser acusado de espionagem tinha sido Nicholas Daniloff em 1986, que foi trocado três semanas depois por um cidadão soviético encarcerado nos Estados Unidos.
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