Chinês sequestrou e maltratou mulher. Foi condenado a nove anos de prisão

O homem cuja mulher foi encontrada acorrentada pelo pescoço, no ano passado, na China, num caso que causou indignação no país, foi condenado a nove anos de prisão, anunciou hoje o tribunal.

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Lusa
07/04/2023 10:35 ‧ 07/04/2023 por Lusa

Mundo

China

As imagens desta mãe em grande sofrimento, acorrentada num celeiro, na província de Jiangsu, leste da China, causaram forte comoção na China, em janeiro de 2022, após o caso ter sido divulgado 'online'.

O casal tem oito filhos.

O marido, Dong Zhimin, foi detido, junto com várias outras pessoas, acusadas de tráfico de seres humanos. Ele foi condenado a seis anos e seis meses de prisão por "maus-tratos" e a mais três anos por sequestro, anunciou hoje o Tribunal Popular Intermédio da cidade de Xuzhou.

"Foi condenado a apenas nove anos de prisão após ter destruído a vida de outra pessoa", afirmou um utilizador na rede social Weibo, em sintonia com muitos outros comentários. "Está longe de ser suficiente, mas prova que a Internet é útil. Sem toda esta atenção, o caso teria sido silenciado", disse outro internauta, referindo-se à indignação nas redes sociais.

As autoridades inicialmente negaram que o caso estivesse ligado ao tráfico de seres humanos, um fenómeno bastante comum na China rural, onde há mais homens do que mulheres.

Cinco pessoas julgadas no caso também foram condenadas a penas entre oito e 13 anos de prisão.

De acordo com as autoridades, a mulher foi raptada da sua terra natal em Yunnan, no sudoeste da China, a cerca de dois mil quilómetros de onde foi descoberta.

Foi então vendida por várias vezes, incluindo uma vez em 1998, por 5.000 yuan (665 euros).

A política do filho único, imposta na China durante quase 40 anos, até 2016, resultou numa escassez de mulheres, devido a uma preferência tradicional por filhos do sexo masculino.

Este desequilíbrio levou a um grande número de raptos de mulheres jovens, que foram forçadas a casar, em aldeias onde os homens são em menor número.

Leia Também: China volta a enviar navios de guerra para perto de Taiwan

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