O comandante das forças ucranianas, Oleksandr Syrskyi, acusou as tropas de Moscovo de estarem a usar táticas de “terra queimada” em Bakhmut, esta segunda-feira.
“O inimigo mudou para as chamadas táticas de terra queimada da Síria. Está a destruir edifícios e posições de defesa com ataques aéreos e de artilharia”, disse o responsável, citado pela agência Reuters.
Ainda assim, Syrskyi apontou que a defesa da cidade segue firme, assegurando que “a situação é difícil, mas controlável”.
De acordo com o comandante, as forças russas estão a empenhar forças especiais e unidades de assalto no ataque a Bakhmut, uma vez que os membros do Grupo Wagner estão "exaustos".
De notar que, no sábado, o relatório militar do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia indicou que decorriam "combates ferozes e as tropas russas [tentavam] controlar toda a cidade".
Além de Bakhmut, Moscovo estará a dar prioridade às cidades de Lyman, Avdiivka e Marinka, todas situadas na província de Donetsk, no leste do país
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.401 civis desde o início da guerra e 14.023 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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