Documentos do Pentágono? "Há uma tendência para culpar a Rússia por tudo"

Peskov assegurou que os relatórios estão a ser "todos estudados, analisados, e amplamente discutidos".

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Notícias ao Minuto com Lusa
10/04/2023 12:59 ‧ 10/04/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reagiu, esta segunda-feira, às acusações de que a Rússia poderá estar por detrás da divulgação de documentos confidenciais do Pentágono, apontando que, atualmente, existe “uma tendência para culpar a Rússia por tudo”.

“Sabemos que há, de facto, uma tendência para culpar a Rússia por tudo, em todo o lado. É uma doença tão comum agora, por isso não há nada para comentar”, disse, em declarações à imprensa, segundo a agência RIA.

Ainda assim, o responsável assegurou que os relatórios estão a ser “todos estudados, analisados, e amplamente discutidos”.

De notar que os Estados Unidos estão a avaliar os riscos que a divulgação de documentos secretos poderá apresentar para a segurança do país, disse, no domingo, o Pentágono.

Os documentos, divulgados na semana passada por meios de comunicação social como o jornal New York Times, incluem avaliações e relatórios das agências de informações norte-americanas relacionados com a guerra na Ucrânia, mas também com os aliados dos EUA.

Divulgados em redes sociais, os documentos podem mostrar-se valiosos para Moscovo, ao permitirem saber até que ponto os serviços secretos norte-americanos penetraram em partes do aparelho militar russo, de acordo com meios de comunicação social norte-americanos.

O Departamento de Justiça dos EUA, que abriu uma investigação no sábado, está a tentar identificar a fonte da fuga e ainda a examinar a validade dos documentos divulgados.

Por seu lado, o jornal Washington Post citou responsáveis para avançar que alguns documentos aparentam ter sido falsificados. Contudo, a maioria deles corresponde a relatórios da CIA (serviços secretos), presentes na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado, disse a mesma fonte.

Leia Também: EUA estão a avaliar riscos de fuga de documentos secretos, diz Pentágono

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