A Polícia Nacional espanhola libertou oito vítimas de exploração sexual na província de Valência. Em comunicado, divulgado esta terça-feira, a autoridade referiu que as mulheres eram obrigadas a estar disponíveis durante 24 horas por dia e eram alvo de sanções caso recusassem alguma prática sexual.
Segundo a polícia espanhola, as mulheres eram “atraídas através de anúncios em websites com falsas promessas económicas” e a organização criminosa “tirava partido da sua situação irregular e vulnerável”.
As práticas sexuais que as vítimas tinham de realizar eram determinadas pelos suspeitos e, caso negassem, eram castigadas. Além disso, tinham de estar disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, e tinham de entregar metade do valor que recebiam aos suspeitos - valor que aumentava caso não obedecessem às ordens.
As mulheres eram “mantidas em bordéis em condições desumanas” e “tinham de dormir em beliches, sofás ou em colchões no chão”, uma vez que os quartos “destinavam-se exclusivamente à prostituição”.
“O líder da organização dava-lhes instruções sobre como deviam servir os clientes ou se estavam devidamente maquilhadas ou vestidas para os servir”, referiu a polícia espanhola, que acrescentou que o líder também controlava “o tempo dos serviços sexuais e o dinheiro que recebiam”.
“As vítimas eram monitorizadas por câmaras de videovigilância instaladas nos bordéis, de modo a que todos os seus movimentos fossem captados”, acrescenta a nota.
Durante a operação policial, oito mulheres foram libertadas e cinco pessoas foram detidas - quatro na cidade de Alzira e uma em Xátiva.
Leia Também: Pelo menos 43 migrantes resgatados na costa de Espanha