Sérvia concordou enviar armas para a Ucrânia? País desmente (outra vez)
Documentos secretos norte-americanos mostram que a Sérvia terá enviado ou concordado em enviar armas para a Ucrânia. Belgrado já veio garantir que se trata de uma "mentira".
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
A Sérvia, o país aliado mais próximo da Rússia na Europa e o único europeu que se recusou a sancionar Moscovo pela invasão da Ucrânia, terá concordado em fornecer armas a Kyiv ou já as enviou, segundo revelam documentos classificados dos Estados Unidos da América (EUA), divulgados ao longo da última semana, citados pela Reuters.
O documento, intitulado ‘Europa: a resposta ao conflito em curso Rússia/Ucrânia’, revela a “posição” de 38 governos europeus sobre os pedidos de assistência militar da Ucrânia.
No caso da Sérvia, um gráfico mostra que o país se recusa a dar formação às forças ucranianas, mas comprometera-se a enviar “ajuda letal” ou já a tinha enviado. De acordo com a Reuters, Belgrado mostrou-se ainda disponível para fornecer armas à Ucrânia no futuro.
O ministro da Defesa da Sérvia, Milos Vucevic, já reagiu à fuga da informação e garantiu que o país “não vendeu e não venderá armas” nem a Kyiv nem a Moscovo.
“Mais de 10 vezes refutamos essa mentira. A Sérvia não vendeu e não venderá armas nem para o lado ucraniano nem para o russo, nem para os estados localizados nas proximidades da zona de conflito”, garantiu o ministro à agência de notícias Tanjug.
Vucevic não descartou a possibilidade de armas sérvias terem entrado em território ucraniano, mas, defendeu, “não tem nada a ver com a Sérvia”.
Em fevereiro, meios de comunicação pró-russos revelaram que o país balcânico teria entregado milhares de mísseis à Ucrânia, o que motivou um pedido de “explicação oficial” por parte da Rússia.
No início de março, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia, Ivica Dačić, desmentiu as informações e garantiu ainda que o país não autorizou nenhum envio intermediário de equipamento militar.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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