A Tunísia torna-se, assim, o décimo Estado árabe a restaurar as relações diplomáticas com a Síria, após as ter suspendido Há cerca de dez anos.
A decisão do Presidente da Tunísia, Kais Saied, de nomear um novo embaixador foi imediatamente aprovada e retribuída pelo Governo sírio, segundo uma declaração conjunta dos ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países, segundo reporta a agência de notícias estatal síria SANA.
O anúncio é o passo mais recente de uma tendência regional de reaproximação com o país devastado pela guerra, que ganhou ritmo desde o mortífero sismo de 06 de fevereiro na Síria e na Turquia e o restabelecimento das relações mediados pela China entre a Arábia Saudita e o Irão.
A Síria foi amplamente evitada pelos governos árabes por causa da repressão brutal do Presidente sírio, Bashar Assad, aos manifestantes e aos civis na revolta que degenerou numa guerra civil, em 2011.
A rutura nas relações culminou com a saída da Síria da Liga Árabe, com Tunes a encerrar a embaixada em Damasco em 2012.
No início deste ano, al-Assad visitou Omã e os Emirados Árabes Unidos (EAU), duas nações que apoiaram combatentes que participaram na tentativa de derrubar o regime sírio.
O Governo sírio estará, "aparentemente", segundo a agência noticiosa Associated Press (AP), em negociações com a Arábia Saudita para uma reabertura das duas embaixadas.
Em maio, a Arábia Saudita vai acolher a cimeira da Liga Árabe, onde a maioria dos Estados espera aprovar o regresso da Síria, disse o secretário-geral da organização, Ahmed Aboul Gheit.
Leia Também: Nove países árabes na Arábia Saudita para discutir relações com Síria