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Rússia continua a aumentar vendas de petróleo (apesar das sanções)

As exportações russas de petróleo atingiram um pico de três anos em março, apesar das sanções, mas os ganhos são inferiores aos de 2022, segundo dados divulgados hoje pela Agência Internacional de Energia (AIE).

Rússia continua a aumentar vendas de petróleo (apesar das sanções)
Notícias ao Minuto

12:09 - 14/04/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

Os aliados da Ucrânia têm adotado sanções económicas contra Moscovo para diminuir a capacidade russa de financiar o esforço da guerra que iniciou com a invasão do país vizinho em 24 de fevereiro de 2022.

Mesmo assim, as exportações de petróleo russo aumentaram em março em 600.000 barris por dia, para 8,1 milhões de barris diários.

O aumento incluiu os produtos petrolíferos refinados, que subiram 450.000 barris por dia, para 3,1 milhões de barris por dia.

"As exportações russas de petróleo em março atingiram o nível mais elevado desde abril de 2020, à medida que os fluxos de produtos aumentaram para níveis registados pela última vez antes da invasão russa da Ucrânia", observou a AIE.

Como resultado, "as receitas estimadas recuperaram em março em mil milhões de dólares [903 milhões de euros], para 12,7 mil milhões de dólares [11,4 mil milhões de euros]".

Mas permanecem 43 por cento mais baixas do que há um ano, disse a agência com sede em Paris, citada pela agência francesa AFP.

Apesar das sanções internacionais contra o petróleo russo, Moscovo está a procurar redirecionar as exportações para outros países, como a Índia.

"A Rússia foi o principal fornecedor de crude à Índia em fevereiro, pelo oitavo mês consecutivo", disse o cartel de exportadores de petróleo OPEC na quinta-feira, citando dados da Kpler, uma empresa de análise especializada em mercadorias.

Nesse mês, a Rússia alcançou uma quota de quase 38% no mercado indiano, segundo a mesma fonte.

Após as sanções em vigor desde 05 de dezembro, a União Europeia (UE) decretou um segundo embargo às compras de produtos petrolíferos russos por via marítima, associado a um preço máximo aplicado pelos países do G7.

Como retaliação, Moscovo avisou, em 10 de fevereiro, que iria reduzir a produção em 500.000 barris por dia, mas esse objetivo não foi atingido até março.

"A produção russa de crude caiu cerca de 290.000 barris por dia em março, para 9,58 milhões de barris por dia, falhando o seu objetivo de redução (...), uma vez que o país parece estar a deslocar os seus barris para novos mercados apesar das sanções da UE", disse a AIE no relatório mensal.

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