Embaixador dos Estados Unidos pede fim de confrontos no Sudão
O embaixador dos Estados Unidos no Sudão, John Godfrey, pediu hoje que o Exército sudanês e os paramilitares das Forças de Ação Rápida (RSF) a cessem imediatamente as hostilidades que eclodiram de manhã na capital.
© Reuters
Mundo Sudão
"Acordei com os sons profundamente perturbadores de tiros e confrontos. Agora estou abrigado com toda a minha equipa, como os sudaneses estão a fazer em Cartum e noutros lugares", escreveu na sua conta no Twitter.
"A escalada de tensões dentro da componente militar rumo ao confronto direto é uma circunstância extremamente perigosa e apelo urgentemente ao alto comando militar para que cesse os combates", pediu o embaixador.
A Embaixada da Rússia no Sudão também pediu o fim dos confrontos e instou os cidadãos russos na capital a permanecerem nas suas casas, longe das janelas, segundo um comunicado divulgado pela agência TASS.
Os confrontos começaram por volta das 10:00 locais e espalharam-se pelas principais ruas da capital, aeroporto e uma base militar na cidade de Meroe, o que significa o colapso do processo de transição civil no país após a queda do ditador Omar al Bashir em 2019 e um posterior golpe militar - deteriorado por disputas entre o Exército e os paramilitares sobre a composição das Forças Armadas.
No capítulo das vítimas, fontes médicas já confirmaram à Al Jazeera pelo menos um civil morto e vários soldados mortos e feridos que foram levados para o hospital Bashaer.
O grupo paramilitar sudanês Forças de Apoio Rápido (RSF) anunciou hoje que assumiu o controlo do Palácio Presidencial em Cartum, depois de confrontos com o exército.
O presidente do Conselho Soberano e líder militar, Abdelfatah al Burhan, reside no palácio, mas desconhece-se o seu paradeiro, segundo a agência espanhola EFE.
A informação foi divulgada num comunicado também citado pela agência norte-americana AP, que alertou para a impossibilidade de uma confirmação independente do que afirma o grupo paramilitar.
As milícias RSF disseram também que tomaram o aeroporto internacional de Cartum, bem como um aeroporto e uma base aérea na cidade de Marawi, cerca de 350 quilómetros a noroeste da capital.
Aviões comerciais que deveriam aterrar no Aeroporto Internacional de Cartum começaram a regressar aos aeroportos de origem, disse a AP.
A televisão árabe Al Jazeera, que tem estado em direto de Cartum, mostrou imagens da TV nacional sudanesa em que se via a atuação de um cantor, sugerindo que a emissão normal não terá sido interrompida.
O Sudão, com mas de 49 milhões de habitantes, situa-se no nordeste do continente africano, junto ao Mar Vermelho, que separa o país da Arábia Saudita.
Tem fronteiras terrestres com Egito, Eritreia, Líbia, Chade, República Centro-Africana e Sudão do Sul.
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