Os tanques saíram da fábrica de equipamento militar onde foram reparados, em Sevilha, no sul de Espanha, rumo ao porto de Santander, no norte do país, a partir de onde seguirão de barco rumo ao destino final, segundo as mesmas fontes.
Além de terem sido arranjados na fábrica de Sevilha, os Leopard foram testados na base militar de Cerro Muriano, na mesma região espanhola, para confirmar que estão a postos para operar na Ucrânia.
Espanha prometeu enviar para a Ucrânia mais quatro tanques destes, que vão ser agora reparados na mesma fábrica, segundo disse já publicamente o Governo espanhol.
Na semana passada, a ministra da Defesa de Espanha, Margarita Robles, disse que os primeiros seis Leopard chegarão à Ucrânia antes do final deste mês.
A Alemanha comprometeu-se a entregar cerca de 60 tanques modernos a Kiev como parte de uma coligação que inclui países como Portugal, Espanha, Noruega, Canadá e Polónia.
O carro de combate Leopard 2A4 data do final do século XX e serviu de base para o desenvolvimento de um dos mais modernos e eficientes tanques de guerra utilizados pelos países ocidentais, o modelo 2A6 nas suas versões alemã ou sueca, bem como o desenvolvimento do tanque espanhol Leopard 2E, principal equipamento atual das forças blindadas em Espanha.
O 2A4 supera a maioria dos principais carros de combate atualmente no terreno de guerra e o 2A6, fornecido pela Alemanha, está ao mesmo nível dos veículos russos mais avançados.
A ministra espanhola reiterou na semana passada, durante uma visita do homólogo ucraniano a Madrid, "apoio total e absoluto" à Ucrânia e "pelo tempo que for necessário", em termos humanitários, políticos e militares, "em total coordenação" com os outros países da União Europeia (UE) e da NATO (aliança militar de defesa coletiva entre países norte-americanos e europeus).
Além da ajuda que tem enviado para a Ucrânia, Espanha já formou mais de mil militares ucranianos em bases espanholas e é um dos países que tem recebido feridos na guerra para tratamento e recuperação.
Numa entrevista em fevereiro passado, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, admitiu o envio de meios aéreos militares para a Ucrânia se houver acordo entre os aliados europeus e da NATO nesse sentido.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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