Nuclear? Medvedev lembra Hiroshima e Nagasaki e acusa EUA de "hipocrisia"
O ex-presidente da Rússia disse ainda que o Japão, que recebe uma reunião do G7, é "um país cujo liderança cospe nas sepulturas dos seus compatriotas mortos pelos americanos".
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, criticou, esta terça-feira, o Grupo dos sete países mais industrializados do mundo por exortar Moscovo a “reafirmar a inadmissibilidade da guerra nuclear” e acusou os Estados Unidos da América (EUA) de “hipocrisia”.
Numa publicação na plataforma Telegram, o ex-líder russo comentou um discurso do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, onde o responsável frisou que o G7 está “empenhado em manter e reforçar os esforços de desarmamento e não-proliferação no sentido de um mundo mais seguro e estável”.
No discurso, Blinken falou sobre Hiroshima e Nagasaki, que são “a mais poderosa recordação da devastação sem precedentes e do imenso sofrimento humano que o povo do Japão vivenciou como resultado das bombas atómicas de 1945”.
Medvedev enalteceu, contudo, que Blinken “não mencionou que foi o seu país que cometeu esse crime” e acusou os EUA de serem “criaturas mentirosas”, que “usam armas nucleares e não se arrependem”.
“Eles são infinitamente hipócritas e mentem a eles próprios e aos outros, mas dizem que o nosso país está a espalhar ‘informações falsas’ sobre a Ucrânia. Exigem que a Rússia lhes dê algumas garantias sobre armas nucleares, mas na verdade insinuam um conflito nuclear entre o nosso país e a NATO”, destacou o político russo.
O G7 encontra-se reunido no Japão, onde, recorda Medvedev, “centenas de milhares morreram devido aos bombardeamentos nucleares”. “É um país cujo liderança cospe nas sepulturas dos seus compatriotas mortos pelos americanos”, atirou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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