Nove chineses que morreram numa mina foram assassinados por grupo rebelde
A investigação sobre a morte de nove chineses numa mina de ouro na República Centro-Africana (RCA), há um mês, confirmou que aqueles foram "assassinados" pelo principal grupo rebelde, que negou o ataque, anunciou hoje o Governo.
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Em 19 de março, os noves cidadãos chineses foram mortos e Bangui acusou imediatamente a Coligação dos Patriotas pela Mudança (CPC) pelo ataque à mina, que negou imediatamente a responsabilidade sobre aquele ato e acusou o grupo paramilitar russo Wagner.
"Os autores do assassinato (...) são sem dúvida elementos do CPC", disse hoje o ministro da Justiça da República Centro-Africana, Arnaud Djoubaye Abazène, citando o relatório final da investigação, sem, no entanto, revelar o seu conteúdo.
Nesta região de Bambari, como noutras deste vasto país da África Central, entre os mais pobres do mundo, a extração de ouro e diamantes tem sido concessionada, principalmente desde 2018, a empresas russas próximas ou ligadas ao grupo russo Wagner, segundo as Nações Unidas e organizações não-governamentais, mas também a algumas empresas chinesas.
Centenas de mercenários da Wagner juntaram-se a centenas de outros já presentes desde 2018 no país, quando o Presidente Faustin Archange Touadéra, ameaçado pela rebelião do CPC, que avançava para Bangui, apelou a Moscovo para apoiar o seu exército mal treinado.
O chefe de Estado e o povo da República Centro-Africana agradecem aos "aliados russos, que conseguiram neutralizar alguns dos perpetradores [dos assassinatos], apreenderam provas e encaminharam os restos destes criminosos", continuou o ministro.
Numa conferência de imprensa, o governante adiantou que tinha "recebido hoje o relatório da comissão especial de investigação" sobre estes nove "assassinatos", mas não revelou o conteúdo e os jornalistas não foram autorizados a fazer perguntas.
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