Os combates tiveram lugar por volta das 05:00 horas locais (mesma hora em Lisboa), na cidade chadiana de Sido, localizada na fronteira com a RCA.
"Fomos informados da presença de homens armados à volta da aldeia. Foi por isso que decidimos atacar", disse por telefone à agência de notícias espanhola EFE o comandante das operações militares na zona, o coronel Moustapha Younous.
"Os confrontos resultaram em 26 mortos, dos quais 17 eram atacantes e nove eram dos nossos homens, o que lamentamos. Não sabemos de momento que grupo rebelde está envolvido, mas os atacantes vieram do norte da RCA", acrescentou.
O prefeito adjunto de Sido, Chérif Adoum, adiantou à EFE que os combates desta manhã deixaram "mais de 500 pessoas deslocadas, incluindo mulheres e crianças".
"Apelamos às pessoas de boa vontade para que venham em seu auxílio", afirmou.
Desde o início de 2022, o sul do Chade tem sido palco de confrontos entre o exército chadiano e grupos armados.
O Chade acusa a RCA de abrigar grupos rebeldes chadianos no seu território há mais de dois anos.
No início de março, o governo de transição do Chade acusou mercenários do grupo paramilitar russo Wagner de apoiarem uma nova rebelião no sul do país, baseada na vizinha RCA.
Há dezenas de grupos rebeldes a operar no Chade que ameaçam a estabilidade do país, principalmente baseados no norte do país e no sul da vizinha Líbia.
Em abril de 2021, o Presidente Idriss Déby Itno, que governou o Chade com mão de ferro desde 1991, foi morto durante os confrontos entre o exército chadiano e um grupo rebelde do sul da Líbia, a Frente de Mudança e Concórdia no Chade (FACT), e desde então o seu filho, o general Mahamat Idriss Déby Itno, tem governado o país.
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