Biden fala com Von der Leyen e Macron sobre recente viagem à China

O presidente norte-americano conversou hoje com a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre as respetivas viagens à China, abordando com os europeus a questão de Taiwan e a Ucrânia.

Notícia

© Getty Images

Lusa
20/04/2023 20:46 ‧ 20/04/2023 por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Sobre a conversa mantida entre Joe Biden e Emmanuel Macron, que esteve no território chinês no início de abril (em simultâneo com a líder do executivo comunitário), a nota informativa da Casa Branca referiu que os dois governantes "discutiram a recente visita do Presidente Macron à China e os seus esforços contínuos para promover a prosperidade, a segurança, os valores partilhados e a ordem internacional baseada no Estado de direito" na região da Ásia-Pacífico.

O comunicado da Presidência norte-americana apontou ainda que os dois líderes "reafirmaram a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan".

Esta conversa está a ser encarada como uma oportunidade para Washington e Paris resolverem as divergências que surgiram após a viagem de Macron a Pequim.

O Presidente francês suscitou uma vaga de críticas ao dizer que a Europa não deveria alinhar-se automaticamente com os Estados Unidos ou com Pequim no caso de um conflito sobre Taiwan.

Também hoje Joe Biden falou com Von der Leyen, que esteve igualmente em Pequim e que se encontrou com o Presidente chinês, Xi Jinping.

Nesse encontro, Von der Leyen considerou "crucial" a posição da China sobre a guerra em curso no território ucraniano e disse esperar que o país asiático promova a paz "a partir do apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia".

Por seu lado, Xi limitou-se a reconhecer que "a crise se prolonga" e que é "difícil de resolver", voltando a pedir "calma e racionalidade" a todas as partes.

Na conversa de hoje, Biden e Von der Leyen reafirmaram o compromisso dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) para prosseguir a ajuda à Ucrânia, para que seja garantida ao país "a assistência económica e de segurança que necessita".

Os dois representantes acordaram ainda prosseguir o trabalho conjunto "para impor ao Kremlin custos pela agressão russa", iniciada em fevereiro de 2022.

Foi ainda referido o "compromisso de defender a manutenção nas normas da ordem internacional, os direitos humanos e as práticas de comércio justo" e sublinhada a "importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", acrescentou a Casa Branca.

Taiwan tem estado no centro das divergências entre a China, que ameaça invadir a ilha se declarar a independência, e os Estados Unidos, principal aliado e fornecedor de armas de Taipé.

Em paralelo, e em entrevista à agência noticiosa EFE, o Alto Representante para a política externa da UE, Josep Borrell, advogou hoje o diálogo para evitar "escaladas" e o "risco" de que a China invada Taiwan, por originar "um fator desestabilizador muito grande para o mundo".

"A maior parte dos problemas, caso pretendamos evitar que cheguem ao irreparável, que é a guerra, é necessário reforçar os contactos diplomáticos, o diálogo, a negociação e o entendimento mútuo", argumentou Borrell.

Leia Também: Washington quer relação económica "construtiva e equitativa" com a China

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas