O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no seu habitual discurso noturno, faz referência a uma reunião com autoridades de defesa e inteligência, mas também a uma conversa com o presidente do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), que esteve de visita a Kyiv.
"Analisamos constante e cuidadosamente o curso das hostilidades, as áreas mais quentes e potencialmente perigosas", afirmou.
Lembrando que a linha da frente é a prioridade, revela que estão a treinar mais militares.
"Também estamos a preparar ativamente novas brigadas e unidades que se apresentarão na frente", assevera o presidente da Ucrânia.
A principal tarefa, frisa, é desocupar a Ucrânia da invasora.
Sobre a conversa com o presidente do BERD, disse que "todo o investimento, todo o emprego salvo ou criado na Ucrânia, todo o projeto económico implementado também é proteção".
We all have to understand that the main task is de-occupation of our land & freeing our people from 🇷🇺 evil. Thanks to everyone who helps. Who creates jobs in 🇺🇦, pays taxes. Who keeps the world's focus on 🇺🇦. To all who organizes fundraising for our warriors and our recovery. pic.twitter.com/HedvfCOuPD
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 21, 2023
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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