Um jornalista italiano ficou ferido durante um ataque com um drone na região de Kherson, na Ucrânia, confirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Antonio Tajani.
Segundo o ministro italiano, trata-se de Corrado Zuzino, de 26 anos, correspondente do jornal ‘La Repubblica”. “Foi ferido num ombro, durante um ataque com drones em Kherson, está bem e a ser tratado pela nossa embaixada em Kyiv”, revelou.
O ministro já conversou com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, que lhe garantiu “a total cooperação das autoridades ucranianas”. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também foi informada sobre o ocorrido e o governo sublinha que irá “acompanhar a evolução da situação”.
Corrado Zunino giornalista di @repubblica, rimasto ferito ad una spalla durante l'attacco di un drone a Kherson, sta bene ed è seguito dalla nostra Ambasciata a Kiev. Sono insieme al Ministro Kuleba che ha assicurato la piena collaborazione delle autorità ucraine.
— Antonio Tajani (@Antonio_Tajani) April 26, 2023
O repórter também escreveu no Twitter que está bem e que tem um ferimento no ombro direito depois de ter sido atingido "pela bala que atingiu o meu grande amigo Bogdan", o intérprete que o acompanhava.
"Acho que ele está morto, no início da ponte Kherson", acrescentou Zunino, que afirmou estar identificado como sendo jornalista no momento do ataque.
In viaggio da Kherson verso Odessa. Sto bene, ho una ferita alla spalla destra, sfiorata dal proiettile che ha centrato il mio grande amico Bogdan. Credo sia morto, all'inizio del Ponte di Kherson. Un dolore infinito. Avevo il giubbotto con la scritta Press.
— Corrado Zunino (@corzunino) April 26, 2023
De acordo com Andriy Yermak, chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, o jornalista ficou ferido “num ataque de artilharia em Stanislav”. “Os bombardearam a área da ponte Antonivskyi, resultando no ferimento de um representante da imprensa estrangeira”, anunciou na plataforma Telegram.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
[Notícia atualizada às 18h33]
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