Os Estados Unidos consideraram, esta quarta-feira, que o telefonema entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, foi “uma coisa boa”. No entanto, a Casa Branca alerta que “não sabe” se vai “levar a algum tipo de movimento de paz significativo”.
“É uma coisa boa”, afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, sobre o telefonema.
“Agora, se vai levar a algum tipo de movimento de paz significativo, ou plano, ou proposta, acho que não sabemos isso agora”, acrescentou, lembrando nenhuma negociação “será viável ou credível se os ucranianos e o presidente Zelensky, pessoalmente, não estiverem envolvidos nela e não a apoiarem”.
“Há muito tempo que dizemos que queremos que esta guerra acabe. Ela podia acabar imediatamente se Putin fosse embora. Parece que isso não está a acontecer”, disse ainda, citado pela agência de notícias Reuters.
Segundo o responsável, os EUA não tiveram conhecimento antecipado do telefonema. “Tratam-se de dois líderes soberanos e estamos satisfeitos por ver que falaram”, explicou.
Os líderes chinês e ucraniano falaram hoje pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022. No telefonema, Xi Jinping garantiu a Volodymyr Zelensky que a China "sempre esteve do lado da paz" e pediu o recurso às negociações para encontrar uma solução para o conflito.
O presidente Zelensky referiu-se à conversa telefónica como uma reunião "longa e significativa".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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