O diretor do Centro de Oração e Igreja Nova Vida, Ezequiel Odero, foi detido na cidade costeira de Malindi por suspeita de "mortes ocorridas na sua propriedade", disse Rhoda Onyancha, a porta-voz da polícia regional, acrescentando também que "foram tomadas medidas e o centro de oração foi encerrado".
Odero foi detido vestido de branco e com uma Bíblia na mão, tendo sido levado para a sede da polícia regional, em Mombaça, para ser interrogado.
As autoridades não estão a estabelecer qualquer ligação com a detenção de Paul Mackenzie Nthenge, o líder da seita que defendia o jejum extremo como forma de aproximação a Deus, e cujos 98 seguidores foram encontrados mortos na floresta de Shakahola, perto de Malindi, desde a semana passada.
A maioria dos corpos exumados é de crianças e a polícia receia que o número de mortos possa aumentar ainda mais.
Pelo menos 22 pessoas foram detidas no âmbito deste caso e o Governo prometeu uma repressão mais rigorosa dos cultos que surgiram no país predominantemente cristão.
No entanto, os esforços para controlar os cultos falharam no passado, sobretudo em nome da liberdade religiosa num país onde existem mais de 4.000 igrejas no Quénia, um país com cerca de 50 milhões de habitantes.
Leia Também: Recolher obrigatório em terreno no Quénia onde foram encontrados corpos