Ex-comandante do grupo Wagner condenado a 14 dias de prisão na Noruega

O tribunal de Oslo absolveu Andrey Medvedev, atualmente em busca de asilo na Noruega, de ter cometido atos de violência contra agentes da polícia durante a sua detenção.

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© REUTERS/Janis Laizans

Notícias ao Minuto
27/04/2023 23:34 ‧ 27/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Um tribunal norueguês condenou um antigo comandante do grupo paramilitar Wagner, conhecido pelo uso brutal da força em território ucraniano, a 14 dias de prisão por conduta desordeira e por transportar uma arma de ar comprimido em local público, reporta a Associated Press.

O tribunal de Oslo absolveu Andrey Medvedev, atualmente em busca de asilo na Noruega, de ter cometido atos de violência contra agentes da polícia durante a sua detenção, segundo a informação avançada pelo seu advogado, Brynjulf Risnes. 

Isto após a polícia ter detido Medvedev à porta de um bar na capital norueguesa, na sequência de uma rixa num bar em fevereiro passado. 

Perante o tribunal, o antigo combatente admitiu ter resistido à detenção e ter cuspido nos polícias quando foi algemado, mas negou ter pontapeado os agentes, explicou a defesa, após Medvedev ter comparecido perante a justiça na terça-feira.

Medvedev também se declarou culpado de transportar uma arma de ar comprimido quando se dirigiu a um bar no centro de Oslo, no mês de março.

"É ótimo que ele tenha sido absolvido pelo que era mais grave", apontou Brynjulf Risnes, em declarações ao jornal norueguês Dagbladet, na sequência do veredito de quinta-feira.

De recordar que o ex-membro do grupo Wagner fugiu para território norueguês no início do ano, atravessando ilegalmente a fronteira de 198 quilómetros com a Rússia - e alegando temer pela vida caso tivesse de regressar à sua terra-natal.

Andrey Medvedev tinha já explicado, anteriormente, que concordou em juntar-se ao grupo Wagner entre julho e novembro de 2022, mas que saiu após o seu contrato ter sido prorrogado sem o seu consentimento.

Já na Noruega, disse estar disposto a testemunhar sobre eventuais crimes de guerra que tenha presenciado, ainda que diga não ter tido um papel ativo nos mesmos.

De recordar que o grupo Wagner tem combatido na linha da frente na guerra na Ucrânia, que desde 24 de fevereiro de 2022 tirou a vida a cerca de 8.500 civis, ao passo que mais de 14 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde o início do conflito, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Leia Também: Presença do grupo Wagner no Sudão é "profundamente preocupante"

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