Às funções de Clementine Nkweta-Salami junta-se ainda o cargo de representante especial adjunta na Missão Integrada de Assistência à Transição das Nações Unidas no Sudão, anunciou hoje o gabinete de Guterres em comunicado.
Nkweta-Salam, que sucede a Khardiata Lo N'Diaye, do Senegal, "traz para o cargo 30 anos de experiência em assuntos humanitários e proteção, principalmente em ambientes de campo", indicou a ONU.
Nos últimos três anos, a advogada camaronesa foi responsável por fornecer orientação estratégica, apoio e supervisão de 11 escritórios nacionais do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Antes disso, foi representante do ACNUR na Etiópia, representante regional na África Austral, representante no Burundi e chefe de Inspeção no Gabinete do Inspetor-Geral no ACNUR em Genebra.
Também atuou em cargos de campo com o ACNUR na Tanzânia, Serra Leoa e Guiné, de acordo com um perfil divulgado pela ONU.
Os combates entre as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) e o exército sudanês eclodiram em 15 de abril, face a tensões sobre a reforma do exército e a integração dos paramilitares nas forças regulares, no âmbito de um processo político que visa repor o país na via democrática, após o golpe de Estado de 2021.
Pelo menos 528 civis foram mortos e mais de 4.500 ficaram feridos desde o início dos combates, segundo o Ministério da Saúde do Sudão.
Tanto o Exército como as FAR estiveram por detrás do golpe de Estado que derrubou o governo de transição do Sudão em outubro de 2021.
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