"O Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, acompanhado por uma delegação parlamentar, realiza hoje e amanhã uma visita oficial à Ucrânia, a convite do seu homólogo Ruslan Stefanchuk, que preside ao Conselho Supremo da Ucrânia, Verkhovna Rada, o órgão de poder legislativo do país", informou hoje o seu gabinete.
O programa da visita, em Kyiv, "inclui a realização de encontros institucionais ao mais alto nível, nomeadamente com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com o presidente do parlamento, Ruslan Stefanchuk, e com o primeiro-ministro, Denys Shmygal".
"Está também previsto um encontro com os estudantes de português no Departamento de Filologia da Universidade de Kyiv", acrescenta a nota.
Na rede social Twitter, Santos Silva deu, entretanto, conta sua chegada a Kyiv: "Cheguei hoje a Kyiv. Uma visita a convite do presidente do Parlamento da Ucrânia. Acompanhado por uma delegação de deputados, terei encontros com os principais dirigentes do país. Estaremos ainda com os estudantes de português no Departamento de Filologia da Universidade de Kyiv", escreveu, numa publicação acompanhada por uma fotografia na estação de comboios da capital ucraniana.
O gabinete do presidente da Assembleia da Republica informou ainda que Santos Silva estará acompanhado nesta vista por uma delegação parlamentar composta pelos deputados Eurico Brilhante Dias, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Jorge Paulo de Oliveira, do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, João Cotrim de Figueiredo, do Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal, e Isabel Pires, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda.
Na semana passada, o presidente da Assembleia da República anunciou que excluiu o Chega, o terceiro maior partido, das delegações das visitas a parlamentos estrangeiros, após o incidente na sessão de boas-vindas a Lula da Silva, no dia 25 de Abril.
Questionado pela Lusa, o gabinete de Santos Silva justificou a presença das quatro bancadas parlamentares por se ter combinado uma regra de rotatividade nestas deslocações, com um máximo de quatro deputados, e também como um sinal do apoio da Assembleia da República à Ucrânia.
O Presidente da Ucrânia dirigiu-se em 21 de abril do ano passado ao parlamento português por videoconferência, numa sessão solene de boas-vindas que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, e na qual o PCP foi o único partido com representação parlamentar que não participou por discordar da mesma.
Mais recentemente, o PCP foi também o único partido no parlamento a votar contra um voto de "total solidariedade com a Ucrânia e o povo ucraniano", apresentado por Augusto Santos Silva, tendo visto 'chumbado' o seu texto, em que se condenava o "caminho de ingerência, violência e confrontação".
O presidente da Assembleia da República já tinha aceitado, há quase um ano, o convite do seu homólogo ucraniano para se deslocar a Kyiv, aguardando apenas um "momento oportuno" e em que "as condições o permitissem" para essa deslocação.
O primeiro-ministro, António Costa, esteve em Kyiv em 21 de maio do ano passado e, nessa ocasião, anunciou que o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou o Presidente da República português para realizar também uma visita à Ucrânia em data ainda a acertar.
Em fevereiro deste ano, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a sua visita à Ucrânia ocorrerá provavelmente no verão.
[Notícia atualizada às 12h25]
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