Polícia faz buscas em casa de Bolsonaro e detém ex-ajudante Mauro Cid

Foram emitidos seis mandados de prisão preventiva, nenhum com destino ao ex-presidente. A residência onde está desde que regressou ao Brasil foi alvo de buscas, em Brasília.

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© Wagner Meier/Getty Images

Notícias ao Minuto
03/05/2023 11:56 ‧ 03/05/2023 por Notícias ao Minuto

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A Polícia Federal do Brasil fez buscas, esta quarta-feira, a uma residência que está em nome de Jair Bolsonaro, no âmbito de uma investigação.

De acordo com o g1, está a ser investigado um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Segundo a imprensa brasileira, o ex-presidente não foi alvo de um dos seis mandados de prisão emitidos no âmbito desta investigação, mas deverá prestar depoimento ainda hoje.

O jornal adianta ainda que, por volta das 7h (11h em Portugal), todos estes mandados de prisão já tinham sido cumpridos. Vinte minutos depois, a polícia continuava na casa de Bolsonaro, em Brasília, onde este está desde que regressou ao Brasil.

Um dos detidos no âmbito desta investigação, à qual é dada o nome de 'Operação Venire', é Mauro Cid Barbosa, um tenente-coronel aliado de Bolsonaro. O ex-ajudante de Bolsonaro tinha um depoimento marcado para hoje na Polícia Federal sobre outro caso em investigação.

Também o polícia militar Max Guilherme e o militar Sérgio Cordeiro são visados nesta investigação.

No total, os agentes cumprem ainda 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, tanto em Brasília como no Rio de Janeiro.

De que se trata?

A alegada falsificação teria como objetivo garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, saltando a regra de vacinação obrigatória. As autoridades ainda investigam a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Em causa estará a inclusão de dados falsos durante o período de novembro de 2021 até dezembro do ano passado. As pessoas beneficiadas terão conseguido emitir certificados de vacinação e não cumprir assim as restrições sanitárias aplicadas pelos países - Brasil e EUA.

As autoridades referem ainda, citadas pela imprensa brasileira, que têm como objetivo "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".

Os factos investigados, segundo as autoridades locais, configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

O inquérito está a ser investigado no Supremo Tribunal Federal.

[Notícia atualizada às 12h07]

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