Pelo menos 10 civis mortos na sequência de combates no Sudão

Os últimos confrontos entre o Exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido provocaram a morte de 10 civis, entre os quais sete crianças, e ferimentos em 20 pessoas, a sudoeste de Cartum.

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Lusa
05/05/2023 09:35 ‧ 05/05/2023 por Lusa

Mundo

Sudão

De acordo com o Sindicato dos Médicos do Sudão os confrontos ocorridos na quinta-feira foram os "ataques mais sangrentos" dos últimos dias.  

Segundo a mesma fonte, os últimos combates ocorreram na cidade de Al Obeid, onde se têm concentrado os confrontos iniciados no passado dia 15 de abril. 

"Os combates continuam e espera-se que o número de mortos e feridos aumente. O Hospital de Al Obeid é afetado agora por cortes de energia porque os geradores estão a ficar sem combustível", alertou o sindicato através da plataforma digital Facebook.

O Sindicato dos Médicos do Sudão recorda na mesma mensagem que esta guerra está a matar sudaneses de forma direta e indireta "pela falta de serviços de saúde, pela dificuldade em conseguir ajuda médica e pelo perigo de propagação de doenças".

Os médicos sudaneses queixam-se da falta de apoio internacional mesmo depois de reiterados os apelos para o fornecimento de ajuda médica e alimentar.  

Os combates na cidade de Al Obeid ocorreram no primeiro dia do período de tréguas de sete dias, o mais prolongado desde o início das hostilidades e que foi mediado pelo Sudão do Sul. 

Entretanto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estimou que 190 crianças morreram e 1.700 ficaram feridas no Sudão desde meados do mês de abril. 

De acordo com o Ministério da Saúde do Sudão, pelo menos 550 civis morreram na sequência dos combates e cinco mil pessoas ficaram feridas, nas últimas três semanas. 

A ajuda humanitária está a chegar ao Sudão de forma muito irregular a partir de Port Sudan, cidade no leste do país, neste momento a região mais segura do país.

A ONU procura garantias de segurança para distribuir ajuda humanitária.

Leia Também: Pelo menos 190 crianças mortas no conflito no Sudão, diz Unicef

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