A instalação incluía centenas de bandeiras e cruzes ucranianas azuis e amarelas que serviam como lápides simbólicas para os ucranianos mortos pelos russos após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Uma poça de sangue falso abaixo das cruzes completava a mensagem do protesto, que foi criado pela Euromaidan-Warszawa, uma iniciativa de cidadãos que apoia a Ucrânia.
A organizadora, Viktoria Pogrebniak, disse que a instalação tem como objetivo lutar contra a propaganda russa e "mostrar a imagem real ao mundo".
"Somos bombardeados, mortos e violados. Somos mortos só porque somos ucranianos", declarou Viktoria Pogrebniak.
Os manifestantes, na sua maioria ucranianos, mas também polacos, bloquearam a passagem do embaixador Sergey Andreev ao memorial, que fica entre os túmulos de soldados do Exército Vermelho.
Estes soldados enterrados nestes túmulos morreram na luta contra a Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, muitos polacos também se lembram como estes soldados cometeram violações e outros crimes e também se ressentem das décadas de governo comunista após o final da guerra.
Com o caminho bloqueado, Andreev deixou uma coroa de cravos vermelhos na frente das centenas de bandeiras ucranianas tremulando ao vento enquanto os alto-falantes emitiam os sons de bombas e sirenes aéreas.
A instalação também incluiu grandes maquetes de edifícios bombardeados e os nomes das cidades ucranianas onde a Rússia cometeu atrocidades contra os ucranianos: Bucha, Irpin, Kherson, Bakhmut.
Andreev, que ficou encharcado com um líquido vermelho no mesmo local no Dia da Vitória do ano passado, prometeu voltar no final do dia.
Após o embaixador russo deixar o local, alguns manifestantes permaneceram para o caso de voltar.
Alguns polacos também apareceram durante a manhã para deixar flores aos soldados do Exército Vermelho, provocando a ira dos manifestantes que os denunciaram como "provocadores" a serviço dos interesses do Kremlin.
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