Ridouan Taghi, o líder da máfia dos Países Baixos, que está acusado de vários crimes de homicídio e tráfico de droga, vai representar-se a si próprio em tribunal, revela o jornal britânico The Guardian. Em causa está o facto de a sua advogada, Inez Weski, ter sido detida por o ajudar a comunicar com outras pessoas a partir da sua cela.
Weski foi detida em abril e acusada de associação criminosa, numa altura em que a justiça neerlandesa julga Taghi e outros 16 alegados membros de um grupo de tráfico de droga, no caso ‘Marengo’.
Segundo a imprensa local, a advogada foi acusada de passar informações a partir da prisão de alta segurança de Vught, onde Taghi se encontra detido e impedido de se comunicar com qualquer pessoa que não seja o seu representante legal.
Após a detenção, Weski demitiu-se da equipa de advogados de Taghi e foi suspensa pelo Conselho da Ordem dos Advogados dos Países Baixos, fazendo com que o seu cliente optasse por se representar a si próprio.
Taghi foi detido em 2019 no Dubai e extraditado posteriormente para os Países Baixos. Está acusado de ser responsável pela morte de dezenas de pessoas no caso ‘Marengo’. A principal testemunha do caso é Nabil B. e, desde o início do julgamento, três pessoas próximas a si foram assassinadas: o irmão em 2018, o advogado Derk Wiersum em 2019 e o jornalista Peter R. de Vries em 2012.
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