Uma contagem parcial dos votos divulgada pela Comissão Eleitoral, com base no apuramento em 50% das assembleias de voto, coloca como vencedor o partido reformista Move Forward, com cinco milhões de votos.
Atrás, segue o movimento Pheu Thai, de Paetongtarn Shinawatra, liderado pela filha do ex-primeiro-ministro exilado Thaksin Shinawatra, com 4,3 milhões de votos.
Estas eleições são as primeiras desde os grandes protestos de 2020 em que se exigia uma reforma da monarquia e que expuseram as clivagens existentes no reino, entre as gerações mais jovens que querem mudanças e as elites ligadas ao rei e aos militares.
Os números preliminares, atualizados ao longo da noite pelas autoridades responsáveis pela supervisão das eleições legislativas na Tailândia, confirmam a tendência das sondagens, que previam uma "pesada derrota" para o primeiro-ministro cessante, Prayut Chan-O-Cha, segundo a France Presse.
O antigo general, que assumiu o poder após um golpe de Estado em 2014, obteve 1,7 milhões de votos sob a bandeira do partido United Thai Nation (UTN).
Mas o complexo sistema eleitoral dá ao candidato apoiado pelos militares uma votação confortável que pode limitar a grandeza da mudança esperada ou mesmo abrir um novo período de instabilidade.
A oposição precisa de 376 dos 500 lugares na Assembleia Nacional para contrabalançar a influência dos 250 senadores nomeados pelos militares, enquanto os apoiantes pró-militares precisam apenas de 126 deputados para assegurar a maioria na votação para o primeiro-ministro, escolhido pelas duas câmaras.
As primeiras sondagens após as eleições gerais na Tailândia dão a vitória à oposição, mas com uma diferença insuficiente para eleger um primeiro-ministro, segundo a agência de notícias Europa Press.
Os partidos da oposição Pheu Thai e Move Forward obtiveram cerca de 270 lugares em 500 na Câmara dos Representantes, o suficiente para uma maioria, mas aquém dos 376 necessários para ultrapassar qualquer impasse na Câmara Alta, controlada pelo governo.
Uma sondagem à boca da urna, realizada pelo Nation Group e divulgada pela Bloomberg, atribui ao Pheu Thai, liderado por Paetongtarn Shinawatra, filha do antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, 32,6% dos votos do círculo eleitoral, enquanto o Move Forward do empresário Pita Limjaroenrat obteve 29,4%, o suficiente para uma maioria formal.
A melhor previsão provém de uma sondagem realizada pela equipa do Suan Dusit antes da votação, que atribui aos dois partidos 352 lugares - 246 para o Pheu Thai e 106 para o Move Forward - a 24 da maioria que lhes permitiria negociar um novo primeiro-ministro independentemente do parecer do Senado.
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