Uma contagem parcial dos votos divulgada pela Comissão Eleitoral, com base no apuramento em 97% das assembleias de voto, coloca como vencedor o partido reformista Move Forward, com 13,5 milhões de votos (em 52 milhões de eleitores).
Atrás dele, o partido da oposição Pheu Thai, de Paetongtarn Shinawatra, filha do ex-primeiro-ministro exilado Thaksin Shinawatra, recebeu 10,3 milhões de votos.
Milhões de eleitores tailandeses participaram hoje nas eleições gerais do país, numa votação que ficou marcada pela rejeição do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, que chegou ao poder após um golpe de Estado em 2014, e depois legitimado em 2019 por eleições controversas.
No terceiro lugar está o antigo general Prayut Chan-O-Cha, apoiado pelo partido United Thai Nation (UTN), com 4,5 milhões de votos.
Estas eleições são as primeiras desde os grandes protestos de 2020 em que se exigia uma reforma da monarquia e que expuseram as clivagens existentes no reino, entre as gerações mais jovens que querem mudanças e as elites ligadas ao rei e aos militares.
Até agora, nenhum partido reivindicou a vitória, enquanto se aguarda pela conclusão da contagem dos votos e pela distribuição final dos lugares de deputados, segundo um sistema de votação dupla complexo.
A eleição para primeiro-ministro envolve os 500 deputados da Câmara Baixa eleitos nas urnas e 250 senadores escolhidos pela antiga junta militar (2014-2019), o que complica a formação de um governo.
As eleições foram vistas como uma oportunidade para consolidar a democracia na Tailândia e deixar para trás quase uma década de poder de antigo general Prayut Chan-O-Cha.
Os resultados oficiais finais só deverão ser conhecidos dentro de algumas semanas.
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