"A primeira-ministra referiu-se, durante a conversa, às declarações do Presidente regional Múte B. Egede de que a Gronelândia não está à venda e afirmou que é a própria Gronelândia que decide sobre a sua independência", indicou o gabinete da primeira-ministra dinamarquesa, num comunicado.
Durante a conversa telefónica com Trump, que durou 45 minutos, a líder dinamarquesa destacou a importância do reforço da segurança no Ártico e garantiu que o Reino da Dinamarca está preparado para assumir "uma responsabilidade ainda maior".
Frederiksen destacou também os contributos das empresas dinamarquesas para o crescimento e a criação de emprego nos Estados Unidos da América (EUA), e sublinhou o interesse comum em impulsionar o comércio.
Segundo o mesmo comunicado, Frederiksen e Trump, que toma posse a 20 de janeiro, concordaram em continuar o diálogo.
O futuro Presidente norte-americano declarou recentemente que a "propriedade e o controlo" da Gronelândia, que já tinha tentado adquirir durante o seu primeiro mandato, é "uma necessidade absoluta" para a segurança nacional dos EUA.
Trump admitiu que não excluía a possibilidade de recorrer à força militar ou à coerção económica para assumir o controlo da Gronelândia, sob soberania dinamarquesa e rica em minerais, onde fica situada uma grande base militar dos EUA.
O presidente regional da Gronelândia, Múte B. Egede, respondeu na altura às declarações do republicano, reiterando que a região autónoma "não está nem estará à venda", enquanto outros líderes europeus também responderam com indignação.
Esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.
Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação.
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