Primeira-ministra da Dinamarca reforça que Gronelândia "não está à venda"

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, reiterou hoje ao Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, que a Gronelândia "não está à venda", na primeira conversa telefónica entre os líderes após as declarações do político republicano sobre a aquisição da ilha.

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© Sergii Kharchenko/NurPhoto via Getty Images

Lusa
15/01/2025 19:12 ‧ há 2 horas por Lusa

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Dinamarca

"A primeira-ministra referiu-se, durante a conversa, às declarações do Presidente regional Múte B. Egede de que a Gronelândia não está à venda e afirmou que é a própria Gronelândia que decide sobre a sua independência", indicou o gabinete da primeira-ministra dinamarquesa, num comunicado.

 

Durante a conversa telefónica com Trump, que durou 45 minutos, a líder dinamarquesa destacou a importância do reforço da segurança no Ártico e garantiu que o Reino da Dinamarca está preparado para assumir "uma responsabilidade ainda maior".

Frederiksen destacou também os contributos das empresas dinamarquesas para o crescimento e a criação de emprego nos Estados Unidos da América (EUA), e sublinhou o interesse comum em impulsionar o comércio.

Segundo o mesmo comunicado, Frederiksen e Trump, que toma posse a 20 de janeiro, concordaram em continuar o diálogo.

O futuro Presidente norte-americano declarou recentemente que a "propriedade e o controlo" da Gronelândia, que já tinha tentado adquirir durante o seu primeiro mandato, é "uma necessidade absoluta" para a segurança nacional dos EUA.

Trump admitiu que não excluía a possibilidade de recorrer à força militar ou à coerção económica para assumir o controlo da Gronelândia, sob soberania dinamarquesa e rica em minerais, onde fica situada uma grande base militar dos EUA.

O presidente regional da Gronelândia, Múte B. Egede, respondeu na altura às declarações do republicano, reiterando que a região autónoma "não está nem estará à venda", enquanto outros líderes europeus também responderam com indignação.

Esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.

Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação.

Leia Também: Gronelândia disponível para alcançar maior cooperação com Estados Unidos

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