"A comissária Mariya Gabriel informou-me de que será hoje apresentada ao Presidente da República da Bulgária para receber o mandato institucional para formar um governo e, por conseguinte, apresentou a sua demissão como membro do colégio de comissários. Aceitei a sua demissão", indicou Ursula von der Leyen, num comunicado enviado à imprensa em Bruxelas.
Agradecendo à até agora comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, cargo que desempenhou durante três anos e meio, Ursula von der Leyen adiantou que estas pastas passarão para a vice-presidente executiva Margrethe Vestager (Inovação e Investigação) e para o vice-presidente Margaritis Schinas (Educação, Cultura e Juventude).
Desde há cinco dias, a comissária europeia Mariya Gabriel estava em regime de licença sem vencimento, pelo que estes dois vice-presidentes já tinham assumido as suas pastas.
"Gostaria de agradecer a Mariya Gabriel pelos seus serviços como comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude", no âmbito dos quais "deu um grande contributo para o avanço das prioridades da Comissão neste domínio", salientou Ursula von der Leyen.
A líder do executivo comunitário destacou ainda a "excelente execução do programa emblemático de inovação Horizonte Europa, pelo forte impulso dado à inovação e às empresas em fase de arranque através do Conselho Europeu de Inovação e pelo seu empenhamento pessoal em fazer do Ano Europeu da Juventude um êxito".
A búlgara Mariya Gabriel era comissária europeia desde 2017, tendo assumido nessa altura as pastas da Economia Digital e Sociedade e, no atual executivo comunitário, era responsável desde 2019 pelos dossiês da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude.
Anteriormente, foi eurodeputada e vice-presidente do Parlamento Europeu.
Mariya Gabriel tem agora até à próxima segunda-feira para formar um governo que será liderado pelo seu partido de centro-direita Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), que faz parte do Partido Popular Europeu (PPE).
A política búlgara espera quebrar um impasse político de cinco eleições consecutivas em dois anos, após as quais não foi possível alcançar uma coligação estável.
[Notícia atualizada às 16h21]
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