Caden Cox, que se tornou, em 2021, no primeiro estudante com síndrome de Down a jogar e marcar um ponto num jogo universitário de futebol americano, decidiu agora processar a sua 'alma mater', que acusa de discriminação por deficiência, retaliação e agressão.
Segundo avança a cadeia televisiva ABC News, Cox procura o pagamento de indemnizações, bem como que sejam feitas mudanças nas políticas anti-assédio da universidade de Hocking, no estado norte-americano de Ohio.
O estudante argumenta, no processo, que, quando trabalhava no centro de recreação estudantil da escola, o seu supervisor levou a cabo “assédio verbal depreciativo, discriminatório e abusivo persistente”, que foi relatado aos administradores da universidade, e do qual também outros alunos se queixaram.
"Em várias ocasiões, ele pegou no telemóvel do autor [Cox] e examinou-o sem permissão. Pediu-lhe que lhe desse abraços. Também houve casos em que o encarava ameaçadoramente e enviava mensagens de texto agressivas", lê-se no processo, citado pela CBS News.
A situação aumentou de tom em maio de 2022, alegando Cox que, nessa altura, o mesmo funcionário o ameaçou com uma faca numa casa de banho da universidade.
Uma das reclamações feitas por outros alunos, relativas ao mesmo supervisor, alegava que o mesmo enviou mensagens de texto inapropriadas a um funcionário sobre encontros sexuais anteriores e uso de drogas.
O supervisor acabaria por demitir-se e foi mais tarde condenado por um tribunal local, por ter proferido acusações ameaçadoras.
Entretanto, Cox e os seus familiares endereçaram uma queixa formal à reitora da universidade, acusando-a de não ter feito uma pesquisa prévia sobre o supervisor antes de o contratar e de não ter protegido o aluno com síndrome de Down perante as queixas.
Em forma de retaliação, argumentou Cox, a reitora tê-lo-á afastado de dois prémios de graduação para os quais tinha sido selecionado.
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