Washington aplica sanções a nigerianos acusados de minar democracia

Os Estados Unidos da América (EUA) impuseram hoje restrições de visto a vários cidadãos nigerianos acusados de tentar minar a eleição presidencial de 25 de fevereiro passado.

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Lusa
15/05/2023 22:31 ‧ 15/05/2023 por Lusa

Mundo

Nigéria

"Esses indivíduos estiveram envolvidos na intimidação de eleitores através de ameaças e violência física, manipulação de resultados de votação e outras atividades que prejudicam o processo democrático da Nigéria", disse o Departamento de Estado norte-americano em comunicado, sem especificar a identidade dos funcionários visados, agora banidos dos Estados Unidos.

Essas ações, sublinha a nota, são específicas para os cidadãos em questão e "não são dirigidas ao povo nigeriano ou ao Governo da Nigéria como um todo".

De acordo com a Lei de Imigração e Nacionalidade norte-americana, os visados estarão sujeitos a restrições de vistos para os Estados Unidos sob uma política que cobre aqueles considerados responsáveis ou cúmplices de minar a democracia.

"A decisão de tomar medidas para impor restrições de visto reflete o compromisso contínuo dos Estados Unidos em apoiar as aspirações nigerianas de fortalecer a democracia e o estado de direito", concluiu o Departamento de Estado.

Os candidatos da oposição Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), e Peter Obi, do Partido Trabalhista, interpuseram recurso contra os resultados eleitorais da Nigéria e denunciaram irregularidades durante as eleições, nas quais saiu vencedor o candidato governamental do Congresso de Todos os Progressistas (APC), Bola Tinubu.

A embaixadora dos Estados Unidos na Nigéria, Mary Leonard, apelou em março à comissão eleitoral para atender "prontamente" os apelos apresentados pela oposição, destacando os progressos realizados nas mais de duas décadas desde "o regresso à democracia" no país africano.

"A América não é estranha a controvérsias e conflitos relacionados a eleições. Embora possa ser insatisfatório encerrar um processo eleitoral no tribunal, numa democracia constitucional que adere ao Estado de direito, é aí que eles terminam adequadamente", disse na ocasião.

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