"Tomamos esta ação devido ao papel de Matveev no roubo de dados a autoridades policiais, empresas e infraestruturas em todo o mundo", sublinhou esta terça-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Matt Miller, em comunicado.
Além da recompensa de 10 milhões de dólares (cerca de 9,2 milhões de euros), o Departamento de Justiça apresentou duas acusações contra Martveev num tribunal do distrito de Columbia e outro no distrito de Nova Jersey, enquanto o Departamento do Tesouro impôs sanções financeiras contra o russo, noticiou a agência Efe.
Segundo a justiça norte-americana, Matveev, conhecido 'online' como Wazawaka, terá arrecadado 200 milhões dólares (cerca de 184 milhões de euros) em resgates pagos por vítimas de roubos de dados digitais desde 2020.
Desde a sua casa na Rússia, Matveev liderou três campanhas de roubo de dados -- LockBit, Babuk e Hive -- contra quase 3.000 vítimas, incluindo hospitais e agências governamentais.
Todos os ciberataques seguiram o mesmo 'modus operandi': os 'hackers' identificaram e obtiveram acesso ilegal a sistemas de computador, invadindo-os ou comprando credenciais de acesso roubadas, implantando 'malware' para roubo de dados e negociando um resgate com a vítima.
As autoridades norte-americanas acusaram Matveev em tribunal de conspirar para invadir equipamentos de informática protegidos e exigir resgate, pelo que o russo pode ser condenado a uma pena de prisão superior a 20 anos.
As sanções do Tesouro dos EUA bloqueiam todas as suas propriedades nos Estados Unidos e proíbem transações financeiras e comerciais com Matveev.
"Os Estados Unidos não tolerarão ataques de 'ransomware' contra o nosso povo e as nossas instituições", sublinhou o secretário adjunto do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, em comunicado.
Segundo o Tesouro, 75% dos ciberataques relacionados com o roubo de dados estão associados à Rússia.
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