Iniciativa sul-africana? Guterres "apoia todos os esforços pela paz"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi informado da iniciativa sul-africana para a paz entre Rússia e Ucrânia, e "apoia todos os esforços para melhorar o clima entre as partes e trabalhar por um acordo de paz".

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Lusa
18/05/2023 20:04 ‧ 18/05/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Na sua conferência de imprensa diária, o vice-porta-voz do secretário-geral, Farhan Haq, disse hoje que a iniciativa - que já foi "saudada" pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky -, foi apresentada a Guterres pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, antes de o governante a tornar pública, embora tenha esclarecido que o líder da ONU não participou na elaboração da mesma.

"Qualquer discussão que envolva ambas as partes (no conflito) é bem-vinda", disse Farhan Haq, que se recusou a entrar em detalhes sobre a iniciativa após perguntas posteriores feitas por jornalistas.

Até agora, esta iniciativa sul-africana não encontrou oposição das partes em conflito, e quer o Presidente Zelensky, quer o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, confirmaram que receberão os governantes africanos (África do Sul, Egito, Senegal, Congo, Zâmbia e Uganda) nas respetivas capitais no próximo fim de semana para apresentarem formalmente uma proposta de paz.

Embora os países africanos tenham posições diferentes sobre a Ucrânia, em geral, é no continente africano que se tem verificado a maior recusa em alinhar com o bloco ocidental ou com a Rússia, e as votações da ONU sobre a guerra em curso no território ucraniano têm sido dominadas por abstenções entre as nações africanas.

Paralelamente à iniciativa africana, a China também apresentou em fevereiro passado uma proposta de paz de contornos imprecisos que não teve muito sucesso junto do Ocidente.

Na quarta-feira, o enviado especial chinês Li Hui manteve um encontro em Kiev com Zelensky, alertando-o que "todas as partes têm de criar as condições para acabar com a guerra" e "iniciar conversações de paz", sublinhando que o seu país está a trabalhar para "criar o maior denominador comum possível entre a comunidade internacional para resolver a crise ucraniana".

A guerra na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de mortos e feridos no conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: AO MINUTO: Cereais? Exportações não retomaram; "Parem de fazer jogos"

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