"Temos de dar agora à Ucrânia os instrumentos que lhe permitam defender-se com êxito e recuperar a sua plena soberania e integridade territorial, [pelo que] devemos fornecer à Ucrânia o apoio militar e financeiro necessário e temos de o fazer durante o tempo que for necessário", salientou Ursula von der Leyen.
No dia em que o G7 se reúne em Hiroshima, no Japão, a líder do executivo comunitário lembrou a nova lei europeia para "aumentar a produção dos tão necessários projéteis de artilharia", bem como o "maior apoio financeiro para a produção adicional na Ucrânia".
Além disso, Ursula von der Leyen salientou que, no âmbito do 11.º pacote de sanções que está em discussão na União Europeia (UE) contra a Rússia, o objetivo é evitar "a evasão ou a fraude por parte de operadores destes e de outros países" que ajudem a Rússia.
Até agora, com os 10 pacotes de medidas restritivas em vigor, a UE proibiu quase 55% das exportações para a Rússia antes da guerra (o equivalente a 50 mil milhões de euros por ano) e mais de 60% das importações antes da guerra (que equivale a 90 mil milhões de euros), para privar Moscovo de bens e tecnologia avançados e cortar os seus fluxos de receitas vitais.
Porém, estas "sanções massivas estão a ser cada vez mais contornadas", lamentou Ursula von der Leyen, considerando, por isso, que a UE deve "pôr fim a esta situação".
Há duas semanas, Ursula von der Leyen indicou mesmo que a UE está a equacionar a possibilidade de sancionar países que ajudem a Rússia a contornar as sanções aplicadas por causa da invasão à Ucrânia, explicando que o foco será, no 11.º pacote, impedir a evasão destas medidas restritivas através de um mecanismo de último recurso.
Hoje, foi anunciado que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai viajar para o Japão para participar presencialmente na cimeira do bloco G7 em Hiroshima.
Os líderes do G7 vão reunir-se em Hiroxima, no oeste do Japão, a partir de sexta-feira, para endurecer a posição em relação à Rússia e adotar uma linha comum em relação à China.
A Ucrânia é o tema em destaque na cimeira de três dias, realizada numa cidade que simboliza os efeitos de uma guerra por ter sido destruída por uma bomba atómica norte-americana em 1945.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O grupo dos sete países mais industrializados reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como a UE.
Além de Ursula von der Leyen, a UE estará representada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
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