A assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS) condenou oficialmente a invasão russa na Ucrânia e os ataques contra infraestruturas de saúde no país, com uma esmagadora maioria e apesar de uma contraproposta por parte das autoridades de Moscovo.
A moção, votada esta quarta-feira, foi aprovada com 80 votos a favor contra apenas 9 contra, com 52 abstenções 36 países ausentes da votação, explicou a Reuters.
A Rússia apresentou também uma moção na mesa da assembleia, no qual estão presentes 194 países-membros, e, nessa proposta, assumiu que existe uma emergência de saúde na Ucrânia mas omitiu qualquer responsabilidade nessa emergência. A proposta foi rejeitada por 62 votos, com 13 países a votarem a favor da moção russa, 61 abstiveram-se e 41 ausentaram-se da votação.
O corpo diplomático russo na organização reagiu de forma breve ao voto de condenação, garantindo que não está contra a atividade da OMS na Ucrânia mas mostrando-se desagradado com o que considera ser uma "politização" da entidade.
A votação não se desenrolou sem alguma tensão, com o enviado russo a interromper os discursos que criticavam o regime com pontos de ordem, e com o embaixador britânico a acusá-lo de "desinformação" por terem sido espalhados panfletos nos quais o Kremlin acusa Kyiv de atacar as suas próprias infraestruturas médicas.
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