A Comissão Europeia pediu novamente à China, esta quinta-feira, que desempenhe um papel construtivo no estabelecimento da paz na Ucrânia, depois de o secretário-geral adjunto do Serviço Europeu de Ação Externa, Enrique Mora, ter-se reunido, em Bruxelas, com o enviado especial do governo Chinês para os Assuntos Eurasiáticos, Li Hui.
"A UE espera que a China, enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desempenhe um papel construtivo (...) e recorde a necessidade de respeitar os princípios da soberania, independência, integridade territorial, impedindo o derramamento de sangue e o ataque indiscriminado contra civis, retirando imediata e incondicionalmente todas as forças e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia dentro das suas fronteiras reconhecidas internacionalmente", disse a Comissão Europeia em comunicado, citado pela Reuters.
A mesma nota dá conta que os dois lados discutiram a agressão da Rússia contra a Ucrânia e as formas de "promover uma paz justa e sustentável". "Mora enfatizou a total responsabilidade da Rússia pela agressão não provocada e injustificada contra a Ucrânia, representando um desafio fundamental para a estabilidade, segurança e prosperidade regional e global", lê-se.
"A Ucrânia está a exercer o direito de legítima defesa e a União Europeia está empenhada em apoiar a Ucrânia a longo prazo", frisou ainda Mora.
O comunicado finaliza a esclarecer que "os dois lados concordaram em trabalhar no sentido de alcançar uma paz duradoura na Ucrânia".
Na semana passada, Li Hui visitou a Ucrânia e encontrou-se com o presidente Volodymyr Zelensky numa viagem pela Europa que Pequim anunciou como um esforço para promover negociações de paz e um acordo político. Li Hui planeia ainda visitar a Rússia na sexta-feira.
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