A indicação de França, diplomata de carreira, ainda deve ser aprovada pelo Senado, que tradicionalmente aprova as propostas do Governo para cargos no exterior.
França foi ministro das Relações Exteriores entre março de 2021 e dezembro de 2022 e substituiu na época o polémico ministro Ernesto Araújo, diplomata ligado à extrema-direita internacional, cujas posições chegaram a gerar conflitos com o conservadorismo mais moderado que também apoiava Bolsonaro.
Nos seus dois anos como ministro das Relações Exteriores, França manteve um perfil discreto e deixou de lado o radicalismo que Araújo impôs, alegando que a diplomacia brasileira deveria enfrentar o "globalismo totalitário" e o "marxismo cultural" que, na sua visão, dominam os organismos internacionais.
Carlos França, 59 anos, ingressou na carreira diplomática em 1991 e ocupou diversos cargos nas embaixadas brasileiras em Washington, Assunção e La Paz, sendo que entre 2019 e 2020 foi chefe de cerimonial da Presidência.
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