Países europeus exortam Israel a parar demolições na Cisjordânia ocupada

Um grupo de missões diplomáticas europeias exortou hoje Israel a "parar todas as confiscações e demolições" de propriedades na Cisjordânia ocupada e a dar compensações por bens destruídos ou confiscados que foram financiados por doadores europeus.

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© Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
26/05/2023 15:32 ‧ 26/05/2023 por Lusa

Mundo

Cisjordânia

"As missões diplomáticas pedem a Israel que interrompa todas as confiscações e demolições na Cisjordânia ocupada, que devolva ou compense bens humanitários financiados por doadores e que permita acesso humanitário sem obstáculos", lê-se num comunicado divulgado hoje e assinado pelos consulados da Bélgica, França, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido em Jerusalém, além dos escritórios representativos da Dinamarca, Finlândia, Irlanda e União Europeia nos territórios palestinianos.

As representações europeias condenam também a recente demolição de uma escola financiada por doadores europeus na cidade palestiniana de Jubbet Ad Dhib e mostram preocupação com a "ameaça da demolição de outras 57 escolas na Cisjordânia".

Estimam ainda em cerca de 1,3 milhões de euros??????? o valor total dos bens financiados por doadores europeus que foram demolidos, desmantelados ou confiscados desde 2015.

Israel faz frequentemente demolições de edifícios na Cisjordânia ocupada por falta de licenças, que são emitidas pelo corpo militar israelita que administra assuntos civis e administrativos nos territórios palestinianos ocupados.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais têm denunciado o facto de ser praticamente impossível aos palestinianos obter estas licenças??????.

Segundo dados do Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, durante o primeiro trimestre deste ano ??????já foram demolidas ou apreendidas por Israel na Cisjordânia ???????290 estruturas, quase 50% mais do que no mesmo período no ano passado.

O texto divulgado hoje pelas missões diplomáticas europeias referiu os casos específicos da zona de Masafer Yatta (sul da Cisjordânia), onde está prevista a deslocalização forçada de mais de 1.100 palestinianos, e da aldeia de Khan al-Ahmar, onde residem 48 famílias palestinianas, e que corre o risco de demolição iminente.

Quase três milhões de palestinianos vivem na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Cerca de 490 mil colonos judeus também moram neste território, em assentamentos considerados ilegais pela ONU e segundo a lei internacional.

Leia Também: UE "preocupada" com decisão de reposição de colonatos na Cisjordânia

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