Magar é o 1.º duplo amputado acima do joelho a chegar ao cume do Evereste

O homem, de 43 anos, perdeu os membros inferiores na sequência de uma explosão no Afeganistão. Confessou que "foi mais difícil" do que imaginava e que sem o apoio da família não o tinha conseguido.

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© Reprodução hari_budha_magar/ Instagram

Notícias ao Minuto
01/06/2023 12:23 ‧ 01/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Evereste

Hari Budha Magar fez a história ao tornar-se o primeiro duplo amputado acima do joelho a escalar o Monte Evereste, a montanha com maior altitude do mundo, com 8.849 metros.

Segundo o que conta na sua página de Instagram, a situação aconteceu a 19 de maio, “13 anos depois de perder as pernas no Afeganistão”. Magar sublinha ainda que a situação dá provas de como “a deficiência não é uma barreira” para subir à montanha em questão.

Na publicação partilhada na sua página, o homem, de 43 anos, confessou que “foi duro” e também “mais difícil “do que imaginou”.

“Tínhamos de continuar e aguentar até ao topo, não importava quando doesse ou quanto tempo levasse. Se eu posso escalar até ao topo do mundo então qualquer pessoa, independentemente das suas incapacidades, pode alcançar os seus sonhos”, terá dito numa chamada telefónica após atingir o cume, transcrita na publicação.

O homem reforçou ainda que “tudo é possível” apesar de todos os desafios e dificuldades que possam surgir.

“Quando as coisas ficaram difíceis foi pensar na minha família e em todos aqueles que me ajudaram que me fez continuar até ao fim. Sem o apoio deles isto não tinha sido possível”.

Magar ficou teve de ser amputado acima do joelho nas duas pernas após ter ficado ferido na sequência de uma explosão, no Afeganistão, em 2010, quando se encontrava em missão na Brigada Gurkha, uma unidade de soldados nepaleses do exército britânico.

Apesar de Magar ser o primeiro duplo amputado acima do joelho a chegar ao cume, já duas pessoas que também foram amputadas – estas abaixo do joelho –, o conseguiram. O primeiro foi o neozelandês Mark Inglis , em 2006, e o chinês Xia Biyu, em 2018.

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