Chile condena ex-agente de Pinochet que acumula mais de mil anos de prisão
Três ex-agentes da polícia política do ditador Augusto Pinochet, incluindo um ex-agente que acumula mais de mil anos de prisão, foram condenados pelo sequestro qualificado de um militante de esquerda, informou a Justiça chilena.
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Mundo Chile
Entre os condenados está o ex-brigadeiro do Exército Miguel Krasnoff, que soma mais de mil anos de sentença por crimes contra a humanidade.
A Justiça do país sul-americano considera comprovado que os ex-membros da Direção Nacional de Inteligência (DINA) César Manríquez Bravo, Miguel Krassnoff Martchenko e Pedro Octavio Espinoza sequestraram o estudante de construção civil Leopoldo Muñoz Andrade, que desapareceu até a data.
Conhecido como "Chico Lucho", Muñoz Andrade fazia parte de um comité local do Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) em Santiago e foi detido na via pública, no coração da capital chilena, antes de ser transferido para centros de detenção clandestinos.
A investigação confirmou que Muñoz Andrade passou pelos centros de tortura Londres 38, Cuatro Álamos e Villa Grimaldi, local de onde se perdeu o rastro do ex-aluno da Universidade Técnica Estadual (UTE).
O seu nome entrou para a lista de vítimas da chamada Operação Colombo, uma operação idealizada pela DINA que tentou simular a morte de 119 pessoas em alegados combates internos entre militantes de organizações de esquerda como o MIR.
Todas as vítimas foram sequestradas e posteriormente submetidas a desaparecimento forçado.
Até hoje, no Chile, ainda existem 1.159 vítimas de desaparecimento forçado durante a ditadura, que ainda são procuradas pelos familiares e amigos.
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