Em comunicado, o Conselho de Segurança - órgão da ONU cujo mandato é zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional - reafirmou o seu apoio à Missão Integrada de Assistência à Transição no Sudão (UNITAMS), cujo líder, Volker Perthes, teve na semana passada a sua demissão exigida pelo chefe do exército sudanês, Abdel Fattah Al-Burhan.
O general sudanês acusou o representante da ONU de desinformar sobre a situação no país, algo que o secretário-geral da ONU, António Guterres, rejeitou, manifestando total confiança no trabalho de Perthes.
Aquele que é o órgão mais poderoso da ONU condenou veementemente todos os ataques contra civis e agentes humanitários desde o início do conflito, que opõe desde 15 de abril o exército sudanês ao grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês).
Os membros do Conselho sublinharam ainda a necessidade de uma coordenação internacional reforçada e expressaram preocupação com o impacto do conflito nos países vizinhos.
A declaração de imprensa do Conselho foi emitida minutos antes de uma votação que renovou o mandato da UNITAMS por seis meses, em vez de um ano, para dar ao órgão tempo para considerar o seu futuro.
Desde 15 de abril, os combates já fizeram fez pelo menos 850 mortos e mais de 5.500 feridos, e provocaram a deslocação interna e externa de mais de 1,3 milhões de pessoas, segundo as Nações Unidas.
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