Num comunicado conjunto do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e do comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, Bruxelas salienta que "os ataques da Rússia contra infraestruturas civis críticas ucranianas atingiram hoje um nível sem precedentes com a destruição da barragem da central de Kakhovka", ato que "condena com a maior veemência possível".
A Rússia negou as acusações ucranianas e disse que a destruição parcial da barragem foi um ato de sabotagem deliberado cometido por Kyiv para privar a península da Crimeia de água.
A UE adianta que a destruição da barragem "representa uma nova dimensão das atrocidades russas e pode constituir uma violação do direito internacional, nomeadamente do direito internacional humanitário".
A Ucrânia anunciou que 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas hoje no rio Dniepre, na sequência da destruição da barragem hidroelétrica de Kakhovka, no sul do país, alertando para um risco ambiental.
A UE confirmou que "as inundações a jusante estão a pôr em risco a vida de centenas de milhares de civis em cerca de 80 povoações, incluindo a cidade de Kherson", agravando a já terrível situação humanitária nessas zonas.
A destruição da barragem faz temer consequências graves para a flora e a fauna desta região do sul da Ucrânia.
O conflito na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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